Publicado em: 21/03/2022 16:45:55
O Seminário será sobre Etnologia Indígena de Rondônia e Pensamento Social Brasileiro, com importantes convidados.
Seminário de Etnologia Indígena de Rondônia e Pensamento Social Brasileiro.
Data: 25 de março de 2022.
Horário: 19:00
Link do evento:
https://meet.google.com/idg-npno-bow?hs=224
Link para inscrição e obtenção do certificado:https://sigaa.unir.br/sigaa/public/extensao/paginaListaPeriodosInscricoesAtividadesPublico.jsf
Apresentação:
Temos o prazer de convidar para a segunda palestra do seminário de Etnologia Indígena de Rondônia e Pensamento Social Brasileiro. O objetivo geral é divulgar o conhecimento sobre a Etnologia Indígena de Rondônia. O tema é “Terra, Vida e Etnoconhecimento: A Escola Tupari da Terra Indígena Rio Branco (RO)”. Os etnoconhecimentos têm provocado reposicionamentos epistemológicos em diversas ciências da natureza e da sociedade, inclusive, na Pedagogia. Questionamentos que abalam o padrão único de racionalidade científica para as interpretações do humano e de suas sociedades. O povo Tupari é um grupo do tronco Tupi, que habita a Terra Indígena Rio Branco/RO (entre Alta Floresta D`Oeste, São Miguel do Guaporé e São Francisco do Guaporé). Os Tupari tem vivido historicamente a experiência da educação indígena e da educação escolar indígena. A escola, inserida na vida social, é lugar de afirmação da vida como valor maior. As etnografias realizadas em 2009, 2010 (Mary Fonseca), e 2014 (Isaías Tupari); possibilitaram uma descrição da vida social em momentos distintos: o contato com os “brancos” (1927, 1930, 1948 a 1958), o trabalho nos seringais, a demarcação de sua terra (1982), a descoberta do letramento e o processo de escolarização; as tensões em suas cosmologias pela interferência do contato do Estado e das religiões cristãs fundamentalistas. Os resultados apontam que a escola Tupari é uma representação das experiências vividas, de projetos societários em disputa, que mobilizam questões de currículo. Para o povo Tupari (como para os demais povos indígenas), o território é questão central e lugar de produção e reprodução da vida, de reafirmação dos vínculos de sociabilidade, que organizam e articulam as redes de relações, tecidas entre os grupos sociais com os quais compartilham a terra (etnias: Makurap, Aruá, Jabuti, Kampé, Arikapú, Kanoé, Diahoi, Akurabiat e Ajuru), a defesa e o desenvolvimento dos seus processos de “territorialização”.
Coordenação: Profa. Dra. Arneide Bandeira Cemin (DACS/UNIR).
Mediação: Prof. Dr. Ari Miguel Teixeira Ott (DACS/UNIR), Profa. Dra. Maria Berenice Alho da Costa Tourinho (DACS/UNIR).
Palestrantes:
Isaías Tarimã Tupari
Professor indígena do Ensino Fundamental (Escola Estadual Indígena Hap Bit Tupari). Cursou magistério indígena - Projeto Açaí. Licenciado em Educação Básica intercultural, área de Educação Escolar no Ensino Fundamental e Gestão Escolar, pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Liderança da Aldeia Colorado. Gosta de lutar por sua comunidade e pelos povos indígenas. Isaiastupari135@gmail.com
Mary Gonçalves Fonseca
Professora do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena, Universidade Federal do Amapá - UNIFAP, Campus Binacional Oiapoque. Foi professora e coordenadora do Curso Magistério Indígena de Rondônia - Projeto Açaí, SEDUC/RO. Graduação em Ciências Sociais, Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (UNIR), Doutorado em Educação – Currículo, pela PUC/SP. maryfonsecaunifap@gmail.com
Fonte: NCH