Publicado em: 03/06/2019 15:12:17
Já estão abertas as inscrições para a Sessão Temática IV - Análise do discurso e ensino: é possível separar a língua do famigerado viés ideológico? do Seminário Permanente Sobre Ensino de Línguas e Literaturas (SEPELIL), projeto de extensão desenvolvido pelo Grupo de Estudos em Culturas, Educação e Linguagens (GECEL), da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR). O evento é gratuito, destinado à comunidade acadêmica da UNIR e a professores de ensino fundamental e médio.
Já estão abertas as inscrições para a Sessão Temática IV - Análise do discurso e ensino: é possível separar a língua do famigerado “viés ideológico”? do Seminário Permanente Sobre Ensino de Línguas e Literaturas (SEPELIL), projeto de extensão desenvolvido pelo Grupo de Estudos em Culturas, Educação e Linguagens (GECEL), da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR). O evento é gratuito, destinado à comunidade acadêmica da UNIR e a professores de ensino fundamental e médio.
As atividades da Sessão Temática IV serão coordenadas pelo professor doutor Lucas Martins Gama Khalil, nos dias 6 de junho, às 14h, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Marechal Castelo Branco; e 7 de junho, às 8h, no auditório da Biblioteca do campus de Porto Velho da UNIR.
Para se inscrever para a sessão do dia 06/06, na EEEFM Marechal Castelo Branco, acesse https://forms.gle/mxnjZL8gDbGpXhNm7.
Para se inscrever para a sessão do dia 07/06, na UNIR, acesse https://forms.gle/D3g74Njo5ZpjzcbW6.
Título da Sessão Temática: Análise do discurso e ensino: é possível separar a língua do famigerado “viés ideológico”?
Resumo: O Brasil vive um momento político em que se questiona o ensino do português de uma maneira bastante singular: segundo alguns – majoritariamente, não especialistas na área –, deve-se ensinar “português” (leia-se: a gramática normativa como instrumento técnico) e não “ideologias”. O vilão principal deixa de ser apenas a “flexibilidade” dos linguistas e passa a se moldar a partir da suposta perversão dos professores “doutrinadores”. Para essa perspectiva (vale sublinhar, não científica), é possível trabalhar pedagogicamente com a língua, considerando-a objeto neutro, transparente, instrumento que o sujeito acessa para “se comunicar”, assim como se utiliza um grampeador ou uma cola de bastão quando há a necessidade de unir folhas de papel. Considerando esse contexto, crucial no que concerne à formação e à atuação de professores de língua, esta sessão temática entende a importância de se questionar: pode-se separar a língua do famigerado “viés ideológico”? Para que essa reflexão seja empreendida, recorrer-se-á à teoria da Análise do Discurso, que não dissocia as produções linguísticas das práticas ideológicas; a própria concepção de “português” como um meio técnico já se constitui como uma forma (ideológica, vale destacar) de representar imaginariamente a relação entre o sujeito e a língua.
Fonte: UNIR